A vida da gente tem tantas facetas, tantas surpresas, que às vezes a gente até fica meio perdido entre o ser e o fazer.... ser bonzinho e fazer as coisas politicamnete corretas só para ficar bem visto aos olhos dos outros, ou fazer aquilo que a gente realmente quer, dando de ombros para as criticas alheias? Entre as duas escolhas, fico com a segunda, sempre, em qualquer situação, não importa pra quem seja... a gente sempre tem duas escolhas, dois caminhos.... mas... como saber qual caminho é o melhor? Só botando a mão na massa...
O meu alter ego sempre entrou em conflito com minha consciência... consciência esta que foi imposta em mim desde que eu nasci pelos meus pais e familiares religiosos, e se concretizou em mim como um freio de mão de uma força suprema (Deus? Talvez...) Esta consciência tenta me obrigar a fazer as coisas politicamente corretas, como se fosse uma outra força, um outro ser dentro de mim, que entra em conflito com quem eu realmente sou.
Não, eu não sou nenhuma psicopata tentando sair do armário, nem criminosa, nem nada do tipo. Sou só uma pessoa que às vezes gostaria de ser mais mundana, mas tem um braço mais forte que às vezes a impede de o ser...
Quando eu acabo dando vasão ao ''diabinho do ombro esquerdo (como tem nos desenhos animados), a minha consciência insiste em me deixar de ressaca para eu pagar pelo que fiz... e essa ressaca não passa até eu apelar para minha válvula de escape... é do ser humano sentir dor física para pagar por seus pecados desde os primórdios da sociedade, e eu não pude fugir à regra.
Submeter-me à dor física quado estou mau comigo mesma me faz sentir bem; como se eu estivesse extraindo um câncer que me levaria à morte, e me dá aquela paz de espírito que a gente sente qunado confessa algo (confessar me fazia muito bem, mas acabou sendo pouco...). Mas essa submissão à dor física à muito deixou de ser um "castigo"... hoje, com o alívio que me causa, essa dor deu lugar ao prazer.
Masoquista? Sim, sou masoquista. Sinto prazer na dor. Sinto prazer em ser submissa, mas apenas na cama. No convívio social, a coisa é diferente. Não daria para eu juntar as escovas de dente com um Dom, pois para a maioria, a sua sub tem que ser sub em todos os sentidos, e não é esse o meu desejo.
Você acha isso uma doença? Conte pra mim detalhadamente o porquê, e eu salvarei na pasta "Dane-se"...
Voltando ao assunto, eu fisicamente sou uma mulher pequenina, com um timbre de voz que talvez lembre uma criança tímida, sempre chamando mais a atenção dos homens que têm um senso de proteção aflorado, mas por dentro, sou uma pessoa que sempre demonstra o que realmente quer, que faz questão de sempre ter opinião forte e ser forte, e sempre o faz assim que a oportunidade surgir. Quem não me conhece me acha "metida e arrogante", dizem que eu tenho "um rei na barriga", mas sempre fazem questão de me dizer que estavam enganadas quando me conhecem realmente, (já ouvi isso umas dezenas de vezes, e me dá prazer saber que as pessoas se enganaram com suas opiniões sobre mim antes de me conhecer), mas na verdade ninguém nunca me conheceu realmente, nunca.
Não sou do tipo de pessoa presumível, e gosto de ser assim, e admiro muito mais quem o consegue ser. Nessa sociedade onde todo mundo gostaria de ser igual, quem se destaca nunca morre de verdade...
Sim, sim, caro leitor, eu vou entrar em mais detalhes sobre minha válvula de escape, mas vou escrever sobre isso na minha próxima postagem, hehehe...